PLANEJAMENTO ANUAL DA DISCIPLINA DE FÍSICA
SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO
ANO LETIVO DE 2019
Introdução
“Planejar é preciso; improvisar não é preciso, mas
muitas vezes é necessário”.
Planejar as atividades que
serão desenvolvidas ao longo do ano letivo é fundamental para que o ensino
deixe de ser um “improviso diário” e passe a ser um “processo estruturado”
visando objetivos gerais e específicos em conformidade com as expectativas e
propósitos da LDB e dos PCNs. Mas planejar é também dimensionar os objetivos
pretendidos no contexto da realidade da escola, do aluno e da comunidade, daí
vem a importância de um planejamento efetivo e customizado.
Planejar também é buscar o
inalcançável, é caminhar na direção escolhida e estar preparado para
sujeitar-se às intempéries do caminho. Um planejamento eficaz, na nossa
concepção, é aquele que está preparado para redefinições de metas e estratégias
em conformidade com a dinâmica das necessidades e possibilidades do aluno, do
professor, da escola e da comunidade. O que planejamos, no fundo, não é o que
será necessariamente feito conforme um preciosismo exacerbado de detalhes
minuciosos, mas sim aquilo que queremos oferecer aos nossos alunos e as formas
como pretendemos atingir esses objetivos.
Assim, o planejamento que se
segue é acima de tudo uma carta de intenções onde se espera que os meios e
estratégias convirjam para os objetivos pretendidos e não apenas uma relação de
procedimentos que serão efetuados independentemente das circunstâncias.
Objetivos
Os objetivos da disciplina
baseiam-se nas orientações próprias da área de Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias conforme descritas nos PCN e nos PCN+. Objetiva-se que
durante o aprendizado na área o aluno desenvolva as seguintes competências:
·
Saber se
informar, comunicar-se, argumentar, compreender e agir;
·
Enfrentar
problemas de diferentes naturezas;
·
Participar
socialmente, de forma prática e solidária;
·
Ser capaz de
elaborar críticas ou propostas; e, especialmente,
·
Adquirir uma
atitude de permanente aprendizado.
·
Reconhecer e
utilizar adequadamente na forma oral e escrita os símbolos, códigos e
nomenclatura da linguagem científica.
·
Ler, articular e
interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e representações: sentenças,
equações, esquemas, diagramas, tabelas, gráficos e representações geométricas.
·
Consultar,
analisar e interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculadas
por diferentes meios.
·
Elaborar
comunicações orais ou escritas para relatar, analisar e sistematizar eventos,
fenômenos, experimentos, questões, entrevistas, visitas, correspondências.
·
Analisar,
argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de ciência e
tecnologia.
·
Identificar em
dada situação-problema as informações ou variáveis relevantes e possíveis
estratégias para resolvê-la.
·
Identificar
fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento científico,
estabelecer relações; identificar regularidades, invariantes e transformações.
·
Selecionar e
utilizar instrumentos de medição e de cálculo, representar dados e utilizar
escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados.
·
Reconhecer,
utilizar, interpretar e propor modelos explicativos para fenômenos ou sistemas
naturais ou tecnológicos.
·
Articular,
integrar e sistematizar fenômenos e teorias dentro de uma ciência, entre as
várias ciências e áreas de conhecimento.
·
Compreender o
conhecimento científico e o tecnológico como resultados de uma construção
humana, inseridos em um processo histórico e social.
·
Compreender a
ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura humana contemporânea.
·
Reconhecer e
avaliar o desenvolvimento tecnológico contemporâneo, suas relações com as
ciências, seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e seus
impactos na vida social.
·
Reconhecer e
avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico e utilizar
esses conhecimentos no exercício da cidadania.
Metodologia de trabalho
O trabalho pedagógico será
desenvolvido de várias formas conforme as particularidades de cada atividade,
os recursos disponíveis no momento de sua execução e a conveniência momentânea
tendo em vista o aluno como elemento central da atividade.
Assim, as atividades poderão
contar com um ou mais dos recursos a seguir:
·
Aulas
expositivas.
·
Discussões em
grupo.
·
Demonstrações e
atividades práticas em sala de aula.
·
Atividades no
blog (fisicacomjofrenildo.blogspot.com) com textos fornecidos pelo professor.
·
Apresentação de
trabalhos produzidos pelos estudantes com obra e vida de algumas personalidades
da ciência. Como estímulo a produção será ofertado à possibilidade de
apresentação utilizando: cordel, repente, hap e outras formas
alternativas.
·
Atividades
individuais de fixação e treinamento.
·
Pesquisa e
discussão de textos, vídeos e outros materiais utilizando várias mídias e,
inclusive, computadores e Internet.
Recursos Didáticos
Atualmente a escola dispõe de lousa de vidro, biblioteca,
TV, videocassete, laboratório de informática com equipamento de data-show
(projetor) e Laboratório de Ciências da Natureza e Matemática. Embora a escola
não disponha de laboratório completo, foi disponibilizado uma sala de aula e
armários onde os professores da área de Ciências da Natureza estarão guardando
o pouco equipamento disponível e futuros materiais adquiridos e confeccionados por
professores e alunos.
Conteúdo
O conteúdo programático da
segunda série do Ensino Médio seguirá os temas norteadores sugeridos pelos PCN+
e agrupados conforme se segue:
1º BIMESTRE
Astrofísica
do Sistema Solar
·
Propriedades
Planetárias
·
Distribuição
dos corpos do Sistema Solar
·
Ano-luz
·
Unidade
astronômica
·
A "lei" de Titius-Bode
·
As órbitas dos corpos do Sistema Solar
·
A
rotação dos planetas do Sistema Solar
·
A
inclinação do eixo de rotação dos planetas
·
A massa dos corpos do Sistema Solar
·
A gravidade superficial
·
Os elementos químicos que compõem o Sistema Solar
Breve
história da astronomia
·
Os
Egípcios
·
Sistema
Geocêntrico – Ptolomeu
·
Sistema
Heliocêntrico – Copérnico
·
As
Leis de Kepler
·
Lei
da Gravitação Universal
·
Corpos
em órbitas circulares
·
Aceleração
da gravidade
·
Campo
gravitacional
·
Energia
potencial
Estática dos corpos rígidos
·
Forças
·
Rotação
·
Equilíbrio
de rotação
·
Centro
de gravidade
Fases e movimentação aparente da Lua
·
Fases
da Lua
·
Motivos
da fase da lua
·
Eclipses
e fases da lua
·
Mês
sideral
2º BIMESTRE
Física Térmica
- Calor, presença universal
- Teorias de calor
1. Calor como fluido
2. Calor como resultado de movimento
·
Conceitos
1.
Calor
2.
Temperatura
- Transmissão de calor
1. Condução
2. Convecção
3.
Radiação
- Escalas Termométricas
1. Escala Celsius
2. Escala Fahrenheit
3. Escala Kelvin
- Conversão entre escalas termométricas
·
Tipos
de termômetros utilizados
1.
Pirômetro
óptico
2.
Par
bimetálico
3.
Relação
temperatura cor
·
Energia
Solar como fonte de vida
1.
Fotossíntese
na ótica da física
2.
Energia
dos alimentos (caloria)
3.
Ciclo
do carbono
4.
Efeito
estufa
5.
Sol
e os combustíveis
·
Origem
da energia sola
·
Conceitos
básicos
1.
Calor
2.
Temperatura
3.
Equilíbrio
térmico
4.
Dilatação
térmica
·
Coeficiente
de dilatação
1.
Dilatação
linear
2.
Dilatação
de área ou superficial
Dilatação volumétrica
Calorimetria
·
Calor
sensível
·
Calor
latente
·
Capacidade
térmica
·
Calor
específico
·
Trocas
de calor
·
Mudanças
de estado físico
·
Propagação
de calor
3º BIMESTRE
Ondas
- Mecânicas
- Eletromagnéticas
- Elementos de uma onda
- Comprimento de onda
- Frequência
- Amplitude
·
Ondas
Sonoras
- Qualidade fisiológica das ondas
- Altura
- Intensidade
·
Timbre
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
·
Reflexão
·
Refração
·
Difração
·
Polarização
·
Interferência
·
Ressonância
·
Efeito
Doppler
Luz
·
Velocidade
da luz
·
O
método Roemer
·
A
natureza da luz
·
Classificação
dos meios
·
Raio
de luz
·
Feixe
de luz
·
Propagação
retilínea da luz
·
Eclipses
·
Câmara
escura
·
Ângulo
visual
·
Cores
e luz
4º BIMESTRE
Princípios da
Óptica
·
Conceitos Fundamentais
·
Espectro Eletromagnético
·
Decomposição da luz branca
·
Fenômenos luminosos
·
Propagação da Luz
·
Fonte de Luz
·
As cores dos objetos
·
Fenômeno óptico
·
Princípios da óptica
Espelhos Planos
- Reflexão
- Elementos da reflexão
- 1ª Lei da Reflexão
- 2ª Lei da Reflexão
- Formação de imagens
- Características da imagem
- Campo visual
- Rotação de um espelho plano
- Associação de espelhos planos
Espelho
esférico
- Elementos geométricos
- Formação de imagens
- Nitidez
- Focos de espelhos de Gauss
- Determinação de imagens puntiformes
·
Objetos
virtuais
Lentes
esféricas
·
Nomenclatura
·
Comportamento
óptico das lentes esféricas
·
Centro
óptico
·
Focos
de uma lente esférica delgada
·
Focos
secundários
·
Associação
de lentes
Fluidos
em repouso
·
Estados
de agregação de matéria macroscópica
·
Densidade
e massa específica
·
Pressão
·
Pressão
em fluidos
·
Princípio
de Pascal
·
Princípio
de Arquimedes
·
Empuxo
·
Cálculo
de empuxo
·
Empuxo
e densidade
·
Centro
de empuxo
·
O
empuxo em situações especiais
Os conteúdos prioritariamente
trabalhados nesta série e nos temas norteadores selecionados para ela são:
·
A energia:
transferência e transformação de energia; as diferentes “formas” de energia e o
princípio da conservação.
·
A energia
mecânica: trabalho de uma força; energia cinética e potencial; teoremas de
conservação e conservação da energia mecânica.
·
A energia térmica
e sua importância no mundo atual; os diferentes estados térmicos, suas mudanças
e implicações na biosfera.
·
As máquinas
térmicas e os princípios fundamentais da termodinâmica.
·
Óptica básica: os
fenômenos luminosos no nosso quotidiano; aplicações tecnológicas; óptica da
visão.
·
Física moderna: a
dualidade onda-partícula e os fenômenos luminosos e ondulatórios.
·
Fenômenos
ondulatórios: a transmissão de informações e energia por meio de ondas; a
tecnologia da informação.
Critérios e formas de avaliação
Se o ato de ensinar e aprender, consiste na
realização em mudanças e aquisições de comportamentos motores, cognitivos,
afetivos e sociais, o ato de avaliar consiste em verificar se eles estão sendo
realmente atingidos e em que grau se dá essa consecução, para ajudar o aluno a
avançar na aprendizagem e na construção do seu saber. Acompanhar o processo de
aprendizagem através de síntese, que devem representar não só o registro do
grau de domínio dos conhecimentos, mas também incorporar a participação dos alunos
nas atividades propostas e o trabalho pelos alunos como participantes de um
grupo.
Nessa perspectiva, a avaliação assume
um sentido orientador e cooperativo, pois permite que o aluno tome consciência
de seus avanços e dificuldades, para continuar progredindo na construção do
conhecimento.
No final de cada bimestre indicamos o
rendimento do aluno, relacionada à aprendizagem do conteúdo científico e um
conceito qualitativo, relacionada com seu comportamento e atitudes de
convivência escolar.
Acredita-se também na idéia de que é
necessário que o aluno tenha a oportunidade de refazer a atividade solicitada,
se não atingido o objetivo, num primeiro momento. Não se trata da chance pela
chance, mas sim para reforçar a capacidade que o aluno envolvido pode
apresentar melhores resultados. Explicitar a crença no potencial de cada aluno
é um caminho efetivo na construção do processo da aprendizagem.
Instrumentos de
Avaliação
·
Exercícios com
consulta.
·
Tarefas.
·
Pesquisas.
·
Leitura e interpretação
de testos expostos no Blog da turma. (fisicacomjofrenildo.blogspot.com)
·
Provas
individuais.
·
Trabalhos com
obra e vida dos principais Físicos relacionados ao conteúdo trabalhado.
FICHA DE AVALIAÇÃO
BIMESTRE
|
|
AVALIAÇÃO
|
PONTOS
|
A.
Prova
|
|
B.
Obra e vida
|
|
C.
Blog
|
|
TOTAL
|
OBRA E VIDA
|
|
PERSONALIDADE
|
TRABALHO
|
1. Isaac
Newton
|
|
2. Kepler
|
|
3. Kelvin
|
|
5. Thomas
Edison
|
|
6. Nicola
Teslan
|
|
7. Albert
Einstein
|
|
8. Stephen Hawking
|
Critérios de
Avaliação
- Participação nas discussões do conteúdo trabalhado em sala
- Comprometimento com as tarefas assumidas
- Frequência e assiduidade
- Interesse na execução de trabalhos e tarefas em grupo
- Assimilação do conteúdo trabalhado
Bibliografia Básica
ALONSO, M., FINN, J. E. Física - Um curso universitário. São
Paulo. Editora Edgard Blücher. 1972.
ANTONIO, J. C. et al. Coleção novo ensino médio - Física.
Campinas. Ed. Companhia da Escola. 2002.
________. Coleção vestibular 1. Campinas.. Ed.
Companhia da Escola. 2002.
BRASIL. Câmara de Educação
Básica do Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Médio. (DCNEM). 1999a.
________. Secretaria de
Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.
MEC/SENTEC. Brasília - MEC. 1999b.
________. Secretaria de
Educação Média e Tecnológica. PCNs+ Ensino Médio: orientações educacionais
complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias. Brasília - MEC/SENTEC. 2002.
CANIATO, R. O céu - Projeto brasileiro para o
ensino de física. Campinas. Fundação Tropical de Pesquisas e Tecnologia. 1978. 1v.
MARTINS, R. de A. O universo - teorias sobre sua origem e
evolução. São Paulo. Editora Moderna. 1994.
PERELMAN, Y. I. Física recreativa. Moscou. Foreign Languages
Publishing House. 1936.
________. Astronomia recreativa.
Moscou. Foreign Languages Publishing House. 1936.
________. Sabes Física? Moscou. Foreign Languages
Publishing House. 1936.
________. Problemas e experimentos recreativos. Moscou. Foreign
Languages Publishing House. 1936.