Ilusão de óptica são imagens que enganam a visão
humana, fazendo com que o ser humano veja coisas que não estão presentes, ou
fazendo-os ver coisas de forma errada. Normalmente são figuras que podem ter
várias interpretações, podem surgir naturalmente ou até serem criadas.
As ilusões se tornam divertidas, pois combinam dois
tipos de elementos: os elementos claros, que são aqueles que se percebem logo
que se vê, e os elementos surpresa, que são aqueles que aparecem na medida em
que se observa o desenho com mais atenção. Estamos rodeados de ilusões de
óptica e a televisão é um exemplo disso, pois trata-se de um conjunto de
imagens estáticas que parecem ter movimento quando são apresentadas de forma
rápida. É o cérebro humano que faz a montagem de todas essas imagens e as
observa de forma mais lenta em relação a como ela é mostrada. As ilusões de
óptica podem surgir naturalmente ou serem criadas por astúcias visuais
específicas que demonstram certas hipóteses sobre o funcionamento do sistema
visual humano. Imagens que causam ilusão de óptica são largamente utilizados
nas artes.
A nossa percepção do mundo é em grande parte
auto-produzida. Os estímulos visuais não são estáveis: por exemplo, os
comprimentos de onda da luz refletida pelas superfícies mudam com as alterações
na iluminação. Contudo o cérebro atribui-lhes uma cor constante. Uma mão a
gesticular produz uma imagem sempre diferente e, no entanto, o cérebro
classifica-a consistentemente como uma mão. O tamanho da imagem de um objeto na
retina varia com a sua distância, mas o cérebro consegue perceber qual é o seu
verdadeiro tamanho. A tarefa do cérebro é extrair as características
constantes e invariantes dos objetos a partir da enorme inundação de informação
sempre mutável que recebe. O cérebro pode também deduzir a distância relativa
entre dois objetos quando há sobreposição, interposição ou oclusão. E pode
deduzir a forma de um objeto a partir das sombras. O que implica uma
aprendizagem da perspectiva linear. No entanto, existem vários tipos de ilusões
de distância e profundidade que surgem quando esses mecanismos de dedução
inconsciente resultam em deduções errônea.
A imagem da retina é a fonte principal de dados que
dirige a visão, mas o que nós vemos é uma representação virtual 3D da cena
em frente a nós. Não vemos uma imagem física do mundo, vemos objetos. E o mundo
físico em si não está separado em objetos. Vemos o mundo de acordo com a
maneira como o nosso cérebro o organiza. O processo de ver é um de
completar o que está em frente a nós com aquilo que o nosso cérebro julga
estar a ver. O que vemos não é a imagem na nossa retina - é uma imagem
tridimensional criada no cérebro, com base na informação sobre as
características que encontramos, mas também com base nas nossas opiniões
sobre o que estamos a ver.
O que vemos é sempre, em certa medida, uma ilusão. A
nossa imagem mental do mundo só vagamente tem por base a realidade. Porque a
visão é um processo em que a informação que vem dos nossos olhos converge com a
que vem das nossas memórias. Os nomes, as cores, as formas usuais e a outra
informação sobre as coisas que nós vemos surgem instantaneamente nos nossos
circuitos neuronais e influenciam a representação da cena. As propriedades
percebidas dos objetos, tais como o brilho, tamanho angular, e cor, são
determinadas inconscientemente e não são propriedades físicas reais. As
ilusões surgem quando os julgamentos implícitos na análise inconsciente da
cena entram em conflito com a análise consciente e raciocinada sobre ela.
A interpretação do que vemos no mundo exterior é uma
tarefa muito complexa. Já se descobriram mais de 30 áreas diferentes no cérebro
usado para o processamento da visão. Umas parecem corresponder ao movimento,
outras à cor, outras à profundidade (distância) e mesmo à direção de um
contorno. E o nosso sistema visual e o nosso cérebro tornam as coisas mais
simples do que aquilo que elas são na realidade. E é essa simplificação, que
nos permite uma apreensão mais rápida (ainda que imperfeita) da realidade
exterior, que dá origem às ilusões de óptica.
Leia o texto a seguir, mesmo que no princípio pareça
meio estranho. Nele mesmo você encontrará a explicação.
Texto 1
Cnofrome
um etsduo de uma uvinesriadde ignlsea, tntao faz a sqeünêica em que as ltreas
se ecnonrtem nas plaarvas. O úicno foatr ioptrmatne é que a pmirirea e a úmtlia
ltrea etseajm no dvedio lgaur. O rsteo pdoe etsar em ttoal dseroedm que msmeo
aissm cnsoeuigoms ler.
Itso
se dvee ao ftao de não lromes as ltreas mas sim as plaarvas itnreias.
Texto 2
Se você conseguir ler as primeiras palavras, o seu
cérebro decifrará também todas as demais.
3M
UM D14 D3 V3R40, 3574V4 3U N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4
4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170, C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314 C0M 70RR35,
P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3
D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3,
D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, M45 40
CON7R4R10, C0RR3R4M P3L4 PR414 D3 M405 D4D45, FUG1ND0 D4 4GU4, 3 R1ND0
C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0.
C0MPR33ND1
QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40: G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4
C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3
D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R, E QU3 QU4ND0 1550
4C0N73C3R, 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3
50RR1R!
S0
0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 0 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314 !
Se você não conseguiu ler os textos acima. O texto 1 diz:
Conforme um estudo de uma universidade inglesa,
tanto faz a seqüência em que as letras se encontrem nas palavras. O único fator
importante é que a primeira e a última letra estejam no devido lugar. O resto
pode estar em total desordem que mesmo assim conseguimos ler.
Isto de deve ao fato de não lermos as letras, mas
sim as palavras inteiras.
Já o texto 2 diz:
Em um dia de verão, estava eu na praia, observando
duas crianças brincando na areia. Elas trabalhavam muito, construindo um
castelo de areia com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam
quase acabando, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte
de areia e espuma. Acuei que depois de tanto esforço e cuidado, as crianças
cairiam no choro, mas ao contrário, correram pela praia de mãos dadas, fugindo
da água, e rindo começaram a construir outro castelo.
Compreendi que havia aprendido uma grande lição:
gastamos muito tempo da nossa vida construindo alguma coisa e mais cedo ou mais
tarde, uma onda poderá vir e destruir tudo o que levamos tanto tempo para
construir, e que quando isso acontecer, somente aquele que tem as mãos de
alguém para segurar, será capaz de sorrir!
Só o que permanece é a amizade, o amor e o carinho.
O resto é feito de areia!
Observe as figuras abaixo:
Essa ilusão também é conhecida como falsa espiral ou
pelo seu nome original: a ilusão da corda torcida. Os segmentos de arcos pretos
sobrepostos é que parecem formar a espiral, no entanto os arcos são uma série
de círculos concêntricos.
Esta ilusão de ótica foi primeiramente descrita pelo
Dr. Richard Gregory. Ele observou este efeito curioso nas linhas da parede de
um café. Esta ilusão de ótica faz com que linhas horizontais paralelas se
pareçam levemente tortas.
Olhe fixamente para o ponto vermelho no centro do circulo. A
cor azul vai desaparecer alguns segundos depois.
Diga as cores do texto e não o que está escrito.
Nove pessoas?